segunda-feira, 5 de maio de 2008

CAPOEIRA EM CANAFÍSTULA


Capoeira integra jovens à cidadania em Canafístula de Frei Damião
fonte:http://www.tribunadosertao.com.br/

Um grupo de jovens do Distrito de Canafístula de Frei Damião promove a socialização e integração à cidadania através do esporte, mais especificamente através da capoeira.
Todos os dias, praticantes da atividade esportiva se reúnem na comunidade para aperfeiçoar a técnica esportiva, desenvolvida nos quilombos, e trazida da África.
Em cada reunião, os jovens discutem sobre os problemas da comunidade e tentam apontar soluções, participando mais ativamente da vida comunitária.
Outro fator importante apontado nessas reuniões, é a orientação dada aos participantes, do quanto é importante a freqüência nas escolas.
O grupo, já se apresenta em várias localidades, demonstrando que a prática do esporte é saudável, estimulando-os nos estudos e afastando-os das drogas.
Na última semana, em encontro promovido aos internautas, integrantes do Movimento Palmeira Viva, uma ONG, sediada na cidade de Palmeira dos Índios, os jovens do pequeno distrito palmeirense, puderam mostrar seu potencial, que agradou a grande platéia presente ao evento.

NOSSAS PINHAS ESTÃO MORRENDO


Salvemos nossas pinhas: elas estão morrendo
http://www.tribunadosertao.com.br/noticias.asp?id=2720

Tida como exótica e objeto de pesquisa, a pinha é cultivada em Alagoas e em 20 mil hectares no Brasil todo. O principal pólo da fruta é a região de Palmeira dos Índios, onde agricultores têm grande produção, ameaçada por uma praga incontrolável.
Foram portugueses e italianos, que deixaram seus países de origem, e nos idos de 1803, iniciaram a plantação de pinha no agreste alagoano, principalmente em Palmeira dos Índios, pela família Ponzi e Miranda.
Uma fruta que chegou ao Brasil com ares de nobreza, pois foi trazida e implantada pelo português Conde de Miranda há 378 anos na Bahia, e por isso mesmo, foi batizada como “Fruta-de-Conde”.
Os descendentes do Conde que se fixaram em terras palmeirenses, trouxeram da Bahia, dez pés, cujos 12 filhos cuidavam de comer os frutos com gulodice e guardavam as sementes, que foram plantadas logo depois da fruta consumida. E plantavam com rapidez, pois o regumento da fruta, espécie de revestimento, secaria a semente, entraria em dormência e deixaria de germinar.
E foi assim, com os filhos comendo e os pais plantando, que se multiplicaram os pés de “fruta do conde”. Uma planta que pertence à família das anonáceas e demora três anos para produzir.
Palmeira dos Índios tornou-se famosa por sua produção de pinhas, citada até por Graciliano Ramos e graças as suas sementes Pernambuco (Buíque), Bahia, São Paulo, são também grandes produtores. Há mais de 200 anos que esta planta é uma das riquezas da região.
Porém há alguns anos, uma praga está acabando com os pinheirais. Os pés, em muitos sítios, estão envelhecendo, muitos por falta de podas, e segundo pesquisas, devido a um vírus e surto de pragas, as pinhas crescem de forma irregular e até o sabor está sofrendo alteração e as sementes não são adequadas para o plantio comercial exportador.
Segundo técnicos da Embrapa, agora, o melhor método é a muda por enxertia, com ramos retirados das árvores mais vistosas e produtivas.
Falta também uma campanha de conscientização, porque muitos agricultores não sabem sequer o ponto da colheita, deixam a fruta amadurecer no pé e a comercialização fica comprometida, pois é uma fruta altamente perecível, dura apenas cinco dias depois de apanhada.
A secretaria de agricultora de Palmeira dos Índios, não se preocupa com a produção e o plantio de pinhas no município e até agora não manifestou atacar o problema.
Há em Palmeira dos Índios mais de 800 produtores e que neste período não atingiu uma renda de safra superior a 400 mil reais.
Desesperados com o mal que ataca os pés de pinhas, os agricultores já buscam alternativas, como a manga, caju, laranja e coco. A conseqüência dessa praga que está dizimando as plantações será desastrosa para a economia do município. Não houve safra este ano. No começo da pequena colheita, a caixa de 5 quilos chegou a custar apenas cinco reais. No auge da produção, custava 16 reais.
Segundo técnicos, é necessário a polinização artificial para a colheita de melhores frutos. Em São Paulo, na cidade de Lins, já se usa esta tecnologia, consistindo na retirada e aplicação do pólen nas flores através de um pincel ou uma bombinha manual.

O governo municipal

Mesmo em final de mandato - deve voltar-se para este problema, pois a ameaça de extinção da pinha na região é visível e palpável.
E investir mais nesse setor de fruticultura. Muitos pés estão atacados por broca e produzem pinhas de aspecto ruim.
As pinhas precisam ser polinizadas, podadas e irrigadas no período da estiagem para ter uma produção garantida, preços melhores e negócios organizados que tragam empregos e rendas. Palmeira dos Índios tem um clima apropriado, o solo privilegiado no agreste. As pinhas devem ser plantadas no período de chuvas.
As pinhas de Palmeira são famosas e “doces de doer”, desde que adubadas e limpas, não têm igual no Brasil, nem mesmo em Petrolina.
O melhor adubo é esterco de galinha ou de curral (ovinos e bovinos). Enfim, precisamos salvar a fruta-do-conde, o maior capital agrícola da região.

FERNANDO DUARTE É O PRÉ-CANDIDATO DE CORDEIRO


Fernando Duarte é o pré-candidato de Cordeiro

fonte:http://www.tribunadosertao.com.br/- (05/05 – 8:43h)

Roberto Gonçalves

Indicação prejudica candidatura de James Ribeiro e Petrúcio Barbosa

O prefeito de Palmeira dos Índios, Albérico Cordeiro (PHS) indicou o ex-deputado estadual, Fernando Gaia Duarte (PMN) como pré-candidato a sua sucessão.
O nome deverá ser levado à convenção no final de junho, tendo como pré-candidata à vice, a médica Eliane Camacho (PHS) antiga aliada de Cordeiro e ex-secretária municipal de Saúde.
A indicação dos nomes, anunciados no Parque São José, com a presença de aliados mais chegados e alguns servidores do município, não empolgou o eleitorado palmeirense.
Fernando Duarte não conseguiu se reeleger deputado estadual e foi indiciado na Operação Taturana em razão de tirar empréstimo de R$ 120 mil, com o aval da Assembléia Legislativa Estadual.
O único destaque na apresentação da chapa, foi a presença do usineiro João Lyra, que chegou à cidade num helicóptero.
Em 1996, Duarte disputou a Prefeitura de Palmeira dos Índios, ficando em terceiro lugar, perdendo para Maria José do Nascimento, a Mazé.
Já a medica, Eliane Camacho, não tem experiência política, nunca disputou um cargo eletivo e sempre residiu e viveu em Maceió.
Para os palmeirenses, é uma ilustre desconhecida.
Fernando Duarte, em 2004 fez oposição ao prefeito Albérico Cordeiro e apoiou a candidatura de James Ribeiro (PSDB), indicando o vice.
Cordeiro disputou a reeleição e saiu vitorioso. Com o apoio à pré-candidatura de Fernando Duarte e Eliane Camacho, Cordeiro prejudica a candidatura de Petrúcio Barbosa (PTB) ex-prefeito de Igaci, pois Duarte é cunhado de Petrúcio e de James Ribeiro (PSDB), pois ambos são praticamente integrantes do mesmo grupo político.

Eleição bem disputada
A eleição majoritária este ano, em Palmeira dos Índios, será bem disputada, e está fadada a um resultado surpreendente.
Até o momento, três pré-candidatos já estão com os nomes definidos para escolha do eleitorado.
Fernando Duarte (PMN) candidato da situação, James Ribeiro (PSDB) filho do ex-deputado federal Helenildo Ribeiro e candidato do governador Teotônio Vilela Filho e Petrúcio Barbosa (PTB) que no segundo mandado na Prefeitura de Igaci, renunciou ao cargo para concorrer à eleição em Palmeira dos Índios, onde nasceu e sempre residiu com a família.
O eleitorado de Palmeira dos Índios está na expectativa do lançamento do candidato do Movimento Palmeira Viva.
O grupo reúne empresários, políticos, profissionais liberais e estudantes universitários que integram cinco partidos: PT, PCdoB, PSOL, PSC e PDT.
O ex-superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra, Ricardo Vitório (PCdoB) integra o grupo que conta também com o atual vice-prefeito Pedro Paulo (PT), o advogado e jornalista, Vladimir Barros (PCdoB), o empresário Eugênio Sampaio (PDT) e o médico Hélio Moraes (PSOL), irmão da ex-senadora Heloisa Helena.
Por enquanto é ventilado os nomes de quatro integrantes do movimento como pré-candidatos. Hélio Morais, Pedro Paulo, Marcos Alcântara e Eugênio Sampaio.
O anúncio deverá acontecer no inicio do mês de junho.
Além dos nomes citados, dois nomes estão com boa cotação para a definição do candidato majoritário: o médico Helio Moraes e o atual vice-prefeito Pedro Paulo. Ambos possuem experiência política.
Hélio Moraes já disputou a Prefeitura de Palmeira dos Índios em 2000 obteve uma boa votação, no entanto, perdeu para Albérico Cordeiro.
Já Ricardo Vitório, foi vice-prefeito no primeiro mandato de Helenildo Ribeiro e já disputou a Prefeitura de Palmeira dos Índios.

sábado, 3 de maio de 2008

DA SÉRIE: PERSONALIDADES DE PALMEIRA


FRANCISCO NUNES DE OLIVEIRA, (CHICO NUNES)
Nasceu em Palmeira dos Índios, no dia 04 de maio de 1904, na Rua Costa Rego, filho de José Nunes da Costa e Francisca Nunes de Oliveira.
Tido como o maior repentista em todos os tempos do nordeste brasileiro na opinião de Câmara Cascudo, que o considerou como o “Bocage do repente nordestino” e Mário Lago.
Aliás, na época, o escritor e ator global, Mário Lago, compositor da eterna música “Amélia”, ao fazer um filme em Alagoas, se apaixonou pelas glosas de Chico Nunes.
Mário Lago estava em Viçosa filmando “São Bernardo” filme de Leon Hirszman, (baseado no livro de outro palmeirense Graciliano Ramos).
Como não conseguia dormir cedo, ficava perambulando pelas ruas de Viçosa, ao ouvir uma música seguiu o rastro e viu no fim da rua uma porta entreaberta.
Na música e nas conversas, o dono do bar, Zé Cavaquinho lembrava versos de improviso de Chico Nunes.Resolveu conhecer a história dele.
Escreveu em 1975, o livro: “Chico Nunes das Alagoas”, que virou bestseller no gênero.
Em Palmeira, a rua do baixo meretrício, conhecida como Pernambuco Novo, onde Chico Nunes gostava de viver, depois de sua morte, recebeu o nome do poeta improvisador.
Pelo seu lado pejorativo e imoral para declamar suas poesias, era visto com receio pela Igreja católica e pelas famílias locais, embora fosse tratado como um rei pelas prostitutas. Seu apelido era Rouxinol de Palmeira.
Certa feita, o governador Costa Rego, foi rigoroso no combate ao jogo de bicho em Alagoas, e depois de acaba-lo sob forte coação e perseguição aos contraventores da época, esteve em visita a Palmeira dos Índios, em uma visita ao prefeito da época. Ouvira falar da fama de Chico Nunes e quis conhece-lo.
Chico por sua vez, atendeu o pedido e fez muitos repentes para o governador, mas também guardava mágoa do mesmo, pelo fato de ter acabado com o jogo do bicho. Mesmo sabendo da sua brabeza, pediu ao governador que não ficasse com raiva da glosa que iria fazer e então declamou num improviso:
Existe um governado
Que se chama Costa Rego
Que tomou o meu emprego
Porque o jogo acabou
Isso me desmantelou
Pois o destino assim quis
A sorte me contradiz
Eu fiquei desmantelado
Largue de ser desgraçado
Seu Costa Rego infeliz.”
O governador o contemplou com uma nota de mil réis que naquela época era muito dinheiro.
Sua irreverência muitas vezes descia as palavras de baixo calão.
Uma vez foi até Gerum de Itabaianinha, em Sergipe enfrentar desafios de repentistas locais que acabaram derrotados pelo seu talento. Hospedado num hotel, cuja dona não gostou da derrota dos conterrâneos, provocou:
“Se o senhor é um poeta afamado, digaí alguns versos. Chico respondeu:” Dona eu só falo a verdade “– Pois então diga”.
Diante da mulher e dos sergipanos presentes, Chico Nunes mandou ver:

“Só quero que o Criador
No mundo jogue uma gripe
Se eu voltar a Sergipe
De onde agora me vou
Prefiro ver o horror
Do mundo em peste daninha
Com uma febre e uma morrinha
Destruindo tudo que é lar
A ter que um dia voltar
Em Gerum de Itabaianinha
Mas se apesar disso tudo
Eu a vergonha perder
E por aqui aparecer
Quero que um jegue raçudo
Muito fogoso e taludo
Sem piedade e receio
Me pegue pra seus anseios
Bem de eito pelos quartos
Me bote no chão de quatro
Me atoche e me rasgue no meio ...”
Determinado dia participava de uma festa na casa de um cidadão chamado Zé Nicolau, que não nutria bom relacionamento com o poeta.
No auge da festa, comeram um bacalhau e deram a espinha para Chico que se sentindo humilhado reagiu com poesia:

Da espinha do bacalhau
Mandei fazer uma vareta
Pra enfiar na boceta
Da mãe de Zé Nicolau
Saí da minha cidade
Pra vir dançar neste forno
Onde a dona da casa é puta
O dono da casa é corno
E a filha mais nova que tem
Já sabe fuder no torno.”
Em 1942, a 2ª Guerra Mundial ameaçava a todos e o temido capitão Lucena provocou Chico Nunes dizendo que iria leva-lo para a Itália para participar da Guerra. Chico se defendeu com um improviso:

“Não me levem para a guerra
Não me façam essa surpresa
Que eu não tenho a natureza
Pra ver meu sangue na terra
Me deixem viver na serra
Por dentro desses buracos
Misturado com os macacos
Sujeito à sede e a fome
Depois coloquem o meu nome
No livro dos homens fracos"
Outra vez um time de futebol de Palmeira dos Índios, foi jogar em Santana do Ipanema e levaram Chico Nunes.
Foram almoçar no hotel de Zé Petronilo, que ficava próximo a um chiqueiro e já era conhecido como pela falta de higiene reinante no local. Chico reagiu ao convite dizendo:

“Prefiro entregar meu pé
Prá uma serpente morder
Com Cristo me malquerer
E acabar perdendo a fé
Brigar com uma cascavé
Me atracar com um crocodilo
Beber toda a água do Nilo
Do boi só comer o osso
Mas não me falem em almoço
No hotel de Zé Petronilo”.
Num épico desafio com o também poeta Pedro Basílio cujo o mote era “Melhor do que tu”, Pedro Basílio afirmou:

“ Sô rico, sô potentado
Só um poeta do direito
sô um homem de respeito
Sempre fui considerado
Como um cantador honrado
Desde o norte inté o sú
Inté o Barão de Traipú
Me daria confiança
Vivo cheiro de esperança
Eu sô mio do que tu.”
Chico Nunes, respondeu na bucha humildemente:

“Sô ladrão de mandioca
Só a lama de um barreiro
Sô do tipo cachaceiro
Sô imbuiá, Sô minhoca
Sô como sapo na toca
Sô badalo de cururu
Sô puleiro de urubu
Sô chocalho sem badalo
Sô um ladrão de cavalo
Eu sô mio do que tu”
Ainda nessa mesma disputa, versejou:

“Sô um tipo sem futuro
Desses que não vale nada
Sô igual a uma levada
Como bagaço de munturo
Sô um recanto de muro
Onde só tem cururu
Só igual a um tatu
Dentro do buraco fundo
Sô a desgraça do mundo
Eu sô mio do que tu”.
Assim Chico Nunes finalizou:

“Já perdi a cirimônia
Eu ando cambaliando
Andam até me chamando
De fumado de maconha
Ajuntei-me com uma sem vergonha
Levei ponta pra chuchu
Fui corno em Caruaru
Viado no Maribondo
Mas mesmo dando o redondo
Eu sô mió do que tu ...”

A platéia foi ao delírio!
Em 1951, foi acusado da morte do jogador de baralho Leopoldo, que havia roubado umas galinhas.
O motivo do crime: Chico tirou onda de Leopoldo chamando-o de velha raposa em suas rimas e a coisa desandou em briga. Chico tinha um braço aleijado e o jeito foi apelar para uma faca peixeira.
Foi preso e depois que saiu da cadeia tentou o suicídio atirando-se de cima do prédio da Maçonaria, hoje sede da OAB.
Faleceu no dia 21 de fevereiro de 1953, aos 49 anos de idade, sendo a causa de morte: nefrite crônica (inflamação dos rins).
Não deixou uma única linha publicada.
Era racista, mas ironicamente morreu nos braços de uma preta, Maria Tercília de Oliveira, a quem ele chamava carinhosamente de “Nega”.
Em seus últimos momentos de vida assim se expressou:

" Quando badalar o sino
Da catedral ou matriz
Um pergunta e outro diz
Quem tomou novo destino?
Então responde o menino:
Foi Chico, não pôde viver
Dizem que sabia fazer
Tanto verso improvisado
É certo, está sepultado
Faz pena Chico morrer
Felicidade chegou
Em minha porta bateu
Entrou e não me conheceu
No mesmo instante voltou
O castigo se aproximou
Sem nada também dizer
Foi somente pra trazer
Doença triste para mim
Até que estou vendo o fim...
Faz pena Chico morrer”

SAMPAIO REQUER AO MP E AO TC AUDITORIA NA PREFEITURA


Sampaio requer ao MP e ao TC auditoria na Prefeitura
Medida deve atingir principalmente a secretaria municipal de Saúde

fonte:Roberto Gonçalves (29/04 – 10:55h)
http://www.tribunadosertao.com.br/noticias.asp?id=2585


O vereador Gileno Sampaio Filho (PTB) apresentou na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios requerimento em que solicita ao Ministério Público, através do promotor Rogério Paranhos e ao Tribunal de Contas do Estado de Alagoas a realização de uma auditoria nas contas da secretaria municipal de Saúde.
Na justificativa do seu requerimento, Sampaio, denunciou supostas irregularidades que prejudicam, segundo ele, os usuários do órgão municipal em razão do desvio de recursos que seriam destinados à saúde pública no município.
A pasta da Saúde em Palmeira dos Índios é a mais rotativa de Alagoas em termos de secretários. De dezembro até o momento passaram pela pasta quatro titulares. o vice-prefeito e médico Pedro Paulo (PT), Carlos Egima, cunhado de Cordeiro que acumulou Finanças e Saúde, a psicóloga Silvia Rodrigues e atualmente ocupa a pasta a auxiliar de enfermagem Diana Santos.
A matéria, apesar de aprovada pelos demais vereadores causou surpresa no Legislativo em razão de Gileno Sampaio Filho, ser até semana atrasada um fiel aliado do prefeito Albérico Cordeiro (PHS) desde o primeiro mandato juntamente com seu pai Gileno Sampaio, ex-prefeito de Palmeira dos Índios e proprietário de duas emissoras de rádio, uma AM e outra FM.

Insatisfação
O vereador Gileno Sampaio Filho (PTB), estaria insatisfeito com o prefeito Albérico Cordeiro, em razão da derrota de sua candidata Marta Gaia para a presidência da Mesa Diretora. Cordeiro apoiou Maria do Leite (PDT), substituindo o vereador Val Basílio, que renunciou ao cargo em razão de continuar preso na carceragem da Polícia Federal e indiciado na Operação Carranca juntamente com o Secretário de Obras da prefeitura José Antônio.
A vereadora Maria do Leite, eleita para a presidência da Mesa, é integrante do PDT, partido presidido pelo primo de Gileninho Sampaio, o empresário Eugênio Sampaio.
Outro motivo – e para alguns o maior - que teria quebrado o acordo político e a parceria entre Gileno Sampaio Filho e o prefeito Albérico Cordeiro seria o corte da verba publicitária no valor de R$ 8 mil mensais, entre a Prefeitura de Palmeira dos Índios e a Rádio Sampaio AM e FM, após a disputa para a eleição de presidente da Mesa Diretora da Câmara.

EX DEPUTADO ESTADUAL GERVÁSIO RAIMUNDO DEPÕE NA POLÍCIA FEDERAL


Ex-deputado estadual Gervásio Raimundo depõe na Polícia Federal sobre empréstimos irregulares
fonte:http://www.tribunadosertao.com.br/noticias.asp?id=2593

O ex-deputado Gervásio Raimundo (PMN), chegou agora há pouco, na sede da Polícia Federal em Jaraguá, para depor no inquérito da Operação Taturana que desbaratou o esquema de desvio de R$280 milhões de Reais dos cofres da ALE. Seu advogado informou que depois do depoimento o ex-parlamentar falará com a imprensa.
O ex-deputado, pai do deputado Marcelo Victor (PMN), é acusado de contrair empréstimo pago pela Assembléia Legislativa, configurando crime contra o sistema financeiro, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Em dezembro do ano passado, logo após a realização da Taturana, Gervásio Raimundo foi acusado de utilizar funcionários fantasmas e laranjas para desviar dinheiro da verba de gabinete.

POLÍCIA FEDERAL INDICIA EX DEPUTADO FERNANDO DUARTE

Polícia Federal indicia ex-deputado estadual palmeirense Fernando Gaia Duarte


O ex-deputado Fernando Duarte foi a Polícia Federal, na tarde de hoje (28/04), prestar depoimento sobre empréstimo no valor de R$120 mil que tinha contraído para pagar com recursos da ALE. Duarte saiu igual da sede da PF como chegou - mudo. Não falou com a imprensa.
Seu silêncio, não adiantou muito, porque o delegado Janderlyer Gomes decidiu indiciá-lo no inquérito que apura o desvio de R$ 280 milhões da Assembléia Legislativa, haja vista Duarte ter afirmado que tomou o dinheiro emprestado "para pagar débitos".
Duarte, ex-deputado-estadual, tinha possibilidade de ser indicado candidato a prefeito de Palmeira dos Índios com o apoio de Albérico Cordeiro, que anunciava estar “costurando a roupa do seu candidato”.
Agora não dá mais. A costura rasgou e não tem mais emenda.

sábado, 26 de abril de 2008

DA SÉRIE: AMIGOS DO RÁDIO

Com Luis Filho (Luizinho), polivalente da Palmeira Fm, numa rápida folga nas eleições 2006.

Nos estúdios da Sampaio Am, com Antônio Oliveira, em 2005, ao ser entrevistado por receber o prêmio de 1º lugar no concurso de poesias da Academia Palmeirense de Letras.

Na parte técnica toda a competência de Jane Klébia, que também é excelente locutora.

Patrick Oliveira, aqui na foto nos estúdios da Vitório Fm, quando ainda fazia parte desta emissora. Hoje está na Farol Fm.

Na cobertura das eleições pela Palmeira Fm, em 2002. Na foto: Adinaldo Matias; George Amaro; Renisvan; o saudoso Geraldo Amaro; Jerônimo; Cláudio André; Roberval Melo e Pelé... Um show de cobertura!

QUILOMBOLAS INVADEM PREFEITURA DE PALMEIRA


Taí um bom exemplo dado pelos quilombolas de Palmeira, a ser seguido pelos indígenas , sem terras, sem tetos e outros grupos reinvindicadores que invadem terras, interditam estradas, tomam prédios. Vai brigar lá, discutir lá, direto na fonte, os seus direitos... Vão pertubar aqueles que estão pisando na bola com vocês, e não penalizar a maioria da sociedade que é tão vítima tanto quanto desta autoridades.

Quilombolas invadem Prefeitura de Palmeira
Interior11h10, 24 de abril de 2008 -Roberto Gonçalves
http://www.alagoas24horas.com.br

Cerca de 15 famílias integrantes da comunidade Quilombolas de Tabacaria, de Palmeira dos Índios, distante de Maceió 140 quilômetros, acabam de invadir a sede da Prefeitura do município, localizada na Praça da Independência, no Centro da cidade.
A comunidade Quilombola está exigindo cestas básicas, medicamentos e ações de políticas públicas. Eles reclamam que estão passando dificuldade e na comunidade faltam escolas, postos de saúde e sementes para o plantio.
O clima é tenso no local.
Integrantes do 10º Batalhão de Polícia Militar estão no local e o Centro de Gerenciamento de Crise da Polícia Militar já foi acionado.
Segundo lideranças do movimento dos Quilombolas, a Prefeitura de Palmeira dos Índios teria recebido recursos federais que seriam aplicados em melhorias na comunidade e, até o momento, não ocorreu nenhuma ação social na comunidade.
As lideranças do movimento informaram que apenas desocupam a sede da Prefeitura após a assinatura de um contato com o prefeito Albérico Cordeiro (PHS).

VERDUREIRO MORTO A PEDRADAS EM PALMEIRA


Verdureiro é morto a pedradas em Palmeira
08:19 - 23/04/2008 Carlos Mendes, da Unidade Agreste/.
http://www.tudonahora.com.br/noticia.php?noticia=12369


Wellington Ferreira teve o rosto desfigurado pelos goles; polícia ainda não tem pistas de assassino

O verdureiro Wellington Ferreira da Silva, 22, foi morto a pedradas, na madrugada de hoje, em Palmeira dos Índios. A vítima teve o rosto desfigurado e foi encontrado por moradores da rua João Diner, no bairro Eucaliptos, onde ocorreu o crime.
As suspeitas da polícia é de que o crime tenha ocorrido após uma forte discussão entre o autor e a vítima. Entretanto, até o momento policiais civis de Palmeira não têm suspeitas do criminoso.

QUADRILHA QUE VENDIA ÁGUA DE TORNEIRA POR MINERAL EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS É PRESA.


Quadrilha que vendia água de torneira por mineral em Palmeira dos Índios é presa
http://www.tribunadosertao.com.br/noticias.asp?id=2399


A Polícia Militar lacrou ontem (21/04) uma fábrica clandestina de água mineral. O estabelecimento funcionava no Conjunto Graciliano Ramos, no bairro do Tabuleiro do Martins.
A fábrica clandestina utilizava rótulos da marca Acquali, que possui sede na cidade pernambucana de Belo Jardim (PE) e não utilizava nenhum equipamento que garantisse qualidade a água envazada. No galpão, onde era envazada a suposta água mineral, foram apreendidos 800 garrafões – que já estavam em um caminhão prontos para serem comercializados, além de 1.500 lacres, 1.500 rótulos e 1.500 tampas.
De acordo com o Tenente Xavier, que comandou a operação, “a água era comercializada em Palmeira dos Índios”.
No rótulo há a especificação que o líquido era produzido na Fazenda Boa Esperança e que os testes que atestariam a qualidade da água mineral eram realizados pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Foram presos Rogério Márcio Bezerra, que administrava a fábrica clandestina, e Jaime Freitas Cavalcante, filho do proprietário do estabelecimento comercial, também conhecido por Jaime da Bateria. Os presos foram conduzidos até a Delegacia de Plantão (Deplan II), localizada no Conjunto Salvador Lyra, no Tabuleiro do Martins, onde permaneceram detidos. Os acusados não quiseram se pronunciar sobre o caso.

PRF PRENDE MOTOCICLISTA NA BR 316




A Polícia Rodoviária Federal realizou na manhã de hoje (21/04) a prisão de José Adriano Costa Dantas, 26, que ocorreu no km 157 da BR 316 em Palmeira dos Índios. Ele pilotava uma motocicleta Honda/CG 125, placa MVF2946/AL, com registro de roubo no sistema SERPRO.
Durante ações de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), agentes da PRF ainda realizaram mais uma prisão no município de Pilar, também às margens da BR-316, onde foi detido Antônio da Silva Peixoto, 50, que conduzia embriagado, o Gol, placa AJC8372/AL e se envolveu em um acidente, deixando cinco pessoas feridas.

25ª CORRIDA TIRADENTES


Cem atletas participaram da 25ª edição da Corrida Tiradentes. Prefeitura não paga premiação
http://www.tribunadosertao.com.br/noticias.asp?id=2380
Roberto Gonçalves

Cem atletas participaram na tarde desta segunda-feira, 21/04, da 25ª Edição da Corrida Tiradentes que é realizada no percurso de 15 quilômetros entre as cidades de Igaci e Palmeira dos Índios. O evento esportivo contou com a promoção da Prefeitura de Palmeira dos Índios, que anunciou através das emissoras de rádios locais uma premiação em dinheiro aos vencedores da competição.
O primeiro lugar na categoria masculina receberia um premio de R$ 500,00 o segundo lugar R$ 300,00 e o 3º R$ 200,00. Na categoria feminina o primeiro lugar receberia R$ 300,00 o segundo lugar R$ 200,00 e o terceiro R$ 100,00. A largada foi dada na Praça Central do município de Igaci com o ponto de chegada para a Praça da Independência no Centro da cidade.
Vencedores
Os vencedores na categoria masculina foram: 1º lugar Cristóvão da Silva Balbino, 27 anos, residente no Povoado Algodãozinho; 2º Lugar Pedro Sena da Silva, 36 anos, residente em Estrela de Alagoas; 3º Lugar Marcos André Pimentel dos Santos, 28 anos, residente no Bairro Cafurna. Na categoria feminina, o primeiro lugar foi Maria Silvania, residente no bairro Jacintinho em Maceió. Todos eles representaram a ONG Palmeira Viva.
Prefeitura não pagou prêmio
Após o final da corrida e a entrega dos troféus, os vencedores não receberam o prêmio, pois segundo a Comissão Organizadora, “problemas burocráticos impossibilitaram o pagamento aos vencedores”. O secretário municipal de Cultura Wagner Marcelo que tentou impedir o trabalho da imprensa, comunicou aos vencedores que procurassem a partir de amanhã, 22/04, a Secretaria de Finanças, para tentar receber a premiação.

PARQUE DE VAQUEJADA DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS É IMAGEM DO ABANDONO


Parque de vaquejada de Palmeira dos Índios é imagem do abandono
11h35, 20 de abril de 2008
InteriorRoberto Gonçalves

Construído no governo Geraldo Bulhões, em 1992, com uma extensão superior a três hectares de terra às margens da BR-316, em Palmeira dos Índios, distante de Maceió, 140 quilômetros, o Parque de Vaquejadas e Rodeios é atualmente, a imagem do abandono e do descaso com o dinheiro público.
Localizado em área privilegiada e valorizada distante do Centro Comercial da cidade, cerca de três quilômetros, toda a área do parque está coberta por um imenso matagal. As obras físicas, a exemplo de arquibancadas, cabines para emissoras de rádio, prédios da administração estão sendo depreciados pela ação do tempo e pelo abandono.
No segundo mandato do então prefeito, Helenildo Ribeiro (1993/1997) o parque foi cedido em regime de comodato ao vereador Denisval Basílio, o Val Basílio, que passou a alugar o espaço para a realização de shows e bingos e a exploração comercial de um restaurante e churrascaria.
Após conseguir fortuna e tornar-se dono de empreiteiras, imóveis e fazendas, Denisval Basílio “abandonou” o empreendimento. Atualmente, o local onde foi investido recursos do Estado, serve apenas como “motel das estrelas” nos encontros noturnos.
O interessante, agora, seria o Estado reaver o valioso patrimônio e tornar o espaço em um local destinado à realização de algo útil ao povo de Palmeira dos Índios na área da educação, esportes ou agricultura.
O espaço chegou a ser escolhido para abrigar o Campus Avançado da
Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, depois desistiram da escolha e o Campus está sendo construído em uma outra área às margens da Al-115.
Restaurante terceirizado
O restaurante e churrascaria estão funcionando no local de forma terceirizada. Esta atividade é proibida no contrato de comodato. Outro grave problema é a administração do Parque que está entregue a Associação Comunitária de Barra do Bonifácio, cuja sede dista cerca de 18 quilômetros do Parque de Rodeios. A responsabilidade da associação é do vereador Denisval Basílio, que nasceu na comunidade de Barra do Bonifácio e arvorou pra si o patrimônio público, gerindo o Parque há mais de 15 anos, sem prestar contas de sua manutenção como devia.
Val Basílio está preso na carceragem da Polícia Federal em Maceió há mais de 150 dias acusado de desvios de recursos federais, fraude em licitações além de outros ilícitos pela Operação Carranca.
Recentemente o vereador que exercia o
cargo de presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal foi forçado pelo seus pares a renunciar o cargo. Em seu lugar na Câmara Municipal, por força de uma decisão judicial, assumiu o suplente Jaime Farias.
A Prefeitura Municipal de Palmeira dos Índios, responsável pela cessão do patrimônio público e a Associação Comunitária de Barra do Bonifácio não se pronunciaram sobre o descaso com o desperdício do dinheiro público e o abandono a que está relegado o patrimônio público.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

DA SÉRIE: PERSONALIDADES DE PALMEIRA

SEBASTIÃO JACINTO DA SILVA

Nasceu na rua de São João em Palmeira dos Índios, no dia 23 de outubro de 1933. Filho de Joana Pais da Silva, dona Joaninha.
Adolescente começou a cantar emboladas e forró, imitando Jackson do Pandeiro, de quem explorou o repertório e estética.
Em 1963 gravou o seu primeiro disco intitulado Ritmo Explosivo. Sua primeira apresentação pública foi na década de 50, no auditório da velha Rádio Difusora em Maceió, no programa da saudosa Odete Pacheco, onde foi batizado o com o nome artístico de Jacinto Silva.

Foi residir em Caruaru no dia 30 de agosto de 1958, onde trabalhava como fabricante de mosaicos. Vinha de Palmeira com um casamento desfeito e conheceu dona Lieta, que costurava e acabaram se casando.
Gravou de 1962 a 2000, desse período conseguimos coletar cerca de 20 obras.


Numa fase em que ficou desempregado, acabou costurando também e se tornando exímio alfaiate.
Ganhou fama ao conquistar o prêmio Sharp, com o disco: “Fome dá dor de cabeça”. Era considerado um mestre em emboladas, forró, coco de roda. Seus maiores sucessos foram: “O Bate manca” ,“ Chora Bananeira”, “ Rua de São João” “ Aquela Rosa “ ,“ Carreiro Novo”, “ Coco na Paraíba “ ,“ Sabiá da Mata”, “ Quero fumar mais Tonha”.

Especializou-s em coco de roda sendo elogiado pelo saudoso Rei do Baião Luiz Gonzaga e pela crítica musical. Participou em 1988, juntamente com banda de Pífanos de Caruaru, e outros artistas pernambucanos do Projeto; “O Vôo do Forró”, com uma série de apresentações na Europa, principalmente na França e Alemanha, onde gravou um CD de nome: Caruaru Capital do Forró, com duas músicas sua: “Só Mulher é quem faz o Homem sofrer”, “Em nome do Sol”.
De sua obra musical constam os discos: Ritmo Explosivo, Só era eu, Gírias do Norte, Eu chego lá, Confusão no Galinheiro, Festival de Verão, Jogo do Amor, Agora tu pega e Vira, Jacinto Silva, Vestido de Maroca, Mocotó com Catuaba, Vire quem tem Forró, Desafio, O que pé meu, é teu, Saudade de Alagoas, Além da presença quase constante na série “Pau de Sebo” da CBS.

A sua música: Gíria do Norte tem versão em japonês.
Um fato inusitado gerou o boato de que ele morrera a míngua em Caruaru, desmentido por sua família.
Ocorre que ao saber da sua morte, a Prefeitura de Caruaru resolveu homenageá-lo doando um jazigo no cemitério para que ele fosse enterrado. Só que quando a família foi verificar, tratava-se do local destinado ao sepultamento de indigentes.
Indignados os familiares recusaram a “homenagem” oficial de Caruaru e pagou do próprio bolso o túmulo do cantador alagoano.
O problema foi superado depois, com pedido de desculpas por parte da Prefeitura, mas o boato já se espalhara.
Faleceu as 17h e 10min do dia 19.02.2001 aos 67 anos, vítima de cirrose
Só a título de informação, entro agora para afirmar, que Jacinto Silva foi casado com uma sobrinha de minha avó, chamada Marina (falecida em São Caetano do Sul, São Paulo), e cujo uma das filhas, reside na rua Marujo Ferreira de Castro, aqui em Palmeira e se chama Sônia.

NOTÍCIA DE JORNAL PERNAMBUCANO
fonte: www2.uol.com.br/JC/_2001


O cantor e compositor Jacinto Silva morreu, ontem, aos 68 anos, por volta das 17h15, em Caruaru. O coquista e forrozeiro era hipertenso, diabético e tinha câncer no fígado, diagnosticado há quatro anos. O estado de saúde do artista agravou-se desde outubro, levando-o a cancelar alguns shows que faria com Silvério Pessoa (ex-vocalista do Cascabulho), o maior divulgador de sua obra.
“Conheci pessoalmente Jacinto Silva quando formei o Cascabulho, há seis anos, por intermédio de um compadre, Zé Manuel. Tínhamos uma relação de pai para filho”, conta, emocionado, Silvério Pessoa, que acompanhou de perto o sofrimento do músico caruaruense. “Quando deixei a banda, já tinha pronto o discurso e a idéia para o disco Bate o Mancá, graças a ele. Infelizmente, Jacinto morreu sem poder ouvir o disco pronto. Ele dividiu comigo a direção artística, cantou e emprestou o repertório para o CD e participou de diversos shows do Bate o Mancá. Quando estive em Caruaru no sábado, ele já estava em coma, respirando por aparelhos.”
O corpo de Jacinto Silva será enterrado hoje, à tarde, em Caruaru.
HERANÇA – Nascido em Palmeira dos Índios, Alagoas, Jacinto Silva ainda conseguiu lançar seu último disco Só Não Dança Quem Não Quer. Gravado há três anos para a Paradoxx, o CD ficou engavetado, até que o produtor Ze da Flauta, do selo Mangroove, o lançou, com uma tiragem de mil cópias. O cantor e compositor, no entanto, nada recebeu de direitos autorais, de acordo com familiares.
Foram anos de ostracismo, até que Jacinto Silva fosse redescoberto por Silvério Pessoa.
Ele começou a gravar, em 1959, na extinta Rozemblit, pela qual lançou seus primeiros sucessos, Chora Bananeira e Aquela Rosa.
O auge de sua carreira, porém, foi na CBS (atual Sony Music) onde gravou de 1963 a 1973.
Com Jacinto Silva desaparece também um dos últimos intérpretes de um estilo criado por Jackson do Pandeiro.

ENTREVISTA DE JACINTO SILVA
Jacinto Silva Forrozeiro volta ao disco virado na gota serena
fonte: Jornal do Commercio - Recife, 01 de outubro de 1998

O alagoano Jacinto Silva é um dos últimos nomes, ainda na ativa, de uma estirpe de forrozeiros, da qual Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga foram os nomes mais famosos e influentes.
Nos anos 60, ele fazia parte do elenco de forrozeiros da CBS, que vendia aos montes LPs da série Pau-de-Sebo, coletânea muito popular que agrupava, entre outros, Messias Holanda, Marinêz e sua Gente, Abdias, Messias Holanda, Elino Julião, Coroné Ludugero, Trio Nordestino.
Por volta de 1974, as multinacionais perderam o interesse pelo forró, e estes artistas mudaram-se para pequenas gravadoras, como a Canta Galo.
Muitos passaram a lançar discos esporadicamente ou simplesmente abandonaram os estúdios. É o caso de Jacinto Silva.
Hoje com 65 anos, e uma bagagem de mais de duzentas composições, 20 LPs, dois CDs (um lançado apenas na França), ele teve que bancar seu último disco.
Agora, finalmente, graças à intermediação do produtor Zé da Flauta, o intérprete de Chora Bananeira foi contratado pela Paradoxx, e o primeiro CD, de um contrato de três, deve chegar às lojas até o final do ano. Só Não Dança Quem Não Quer, o título.
Ele também está numa das faixas de Fome Dá Dor De Cabeça, disco de estreia da Cascabulho. Depois de muito tempo garantindo o sustento na indústria de roupas de sulanca, em Santa Cruz do Capibaribe, Jacinto Silva não apenas está sendo reabilitado pelos estúdios, como pela imprensa (mea culpa). Confira nesta entrevista concedida ao crítico e música José Teles.

Jornal do Commercio - Jacinto, você tem quantos anos de carreira?
Jacinto Silva - Comecei a gravar em 1959, na gravadora Mocambo. Gravei Justiça Divina (sempre que fala de uma música cantarola quase todas as estrofes). No outro ano vim com Chora Bananeira, Aquela Rosa. Meus primeiros sucessos eu fiz aqui no Recife, na gravadora Mocambo.

JC - Depois você passou para a CBS, participou da série Pau-de-Sebo, o que era um privilégio, que reunia a nata da música nordestina.
Jacinto - É, gravavam na CBS, Coronel Ludugero, Ótropi, Abdias, Marinez e sua Gente, Trio Nordestino, Osvaldo Oliveira, João do Pife. Quando morreu o saudoso Coronel Ludugero, surgiu um imitador o Coroné Ludru, e aí se juntaram à caravana da CBS, Jackson do Pandeiro e Elino Julião. Depois saiu o Jackson do Pandeiro, o Coroné Ludru saiu, eu sai, Abdias então criou, em outra gravadora, outro tipo de série, a Quebra Pote.

JC - Faça aí um resumo de tua carreira?
Jacinto - Sou alagoano da cidade mais bonita do Estado, Palmeira dos Índios. Comecei a cantar ao seis ou sete anos. Lembro que cantava tanto que aquilo incomodava a audição da minha mãe, ela pedia pra eu calar. Este tipo de música que canto, eu me espelhei no saudoso Jackson do Pandeiro, porque na época eu cantava músicas de Bob Nelson e Luiz Gonzaga, Ary Lobo. Foi quando Jackson apareceu cantando Forró em Limoeiro, Sebastiana. Aí sai de Alagoas, para ir para o Recife, depois pra Caruaru, Gravei uns quatro 78rpm na Mocambo, e em seguida fui pra CBS. Parti para outras firmas que não me deram a divulgação que eu precisava. Banquei um disco, parei. Ainda fui representar Caruaru, em Nancy, na França. Agora assinei um contrato de três com a gravadora Paradoxx. Acredito que daqui para o fim do ano o disco sai.

JC - Jacinto, relembra alguns dos teus sucessos.
Jacinto - Gravei (cantarola) "Chora bananeira/ bananeira chora/ chora bananeira que o seu amor foi embora" (parceria com Onildo Almeida). Depois: "Aquela rosa, foi uma jura que eu fiz/ aquela rosa." Depois, Rosa Branca, depois Quero ver Rodar, roda roda minha gente. Depois Ó Zezé. Foi uma infinidade de sucessos.

JC - Mas o forró, que tocava muito, acabou indo para os horários da madrugada pelas rádios, como aconteceu isto?
Jacinto - O forró sempre foi discriminado, especialmente o forró chulé, o pé-de-serra. Gravei na CBS de 63 a 1973, conheci todo mundo, Renato e seus Blue Caps, Lafayette, conheci Roberto Carlos. O produtor de Roberto Carlos na época era Evandro Ribeiro, depois Othon Russo, superintendente da gravadora. Repara a diferença, o meu produtor era Abdias, um tocador de oito-baixos, o de Roberto o superintendente da empresa. Tem uma diferença grande, não tem. Mas existe também uma jogada, não posso dizer quem fazia nem quem não. Existem pessoas que chegam pra determinados apresentadores de programa e dizem assim: "Isto aqui é um cigarro pra você e tal. Toque esta música que no fim do mês eu estou aqui de volta e deixo um negocinho com você".
Muitas vezes, o apresentador pega aquela música, uma música que não foi feita com inspiração, foi fabricada. Como ele tá levando qualquer coisa, um pedacinho de jabá, então ele força aquela música, chama-se um sucesso forçado. Então ele não vai deixar de tocar aquela música, pela qual tá recebendo um pedaço de jabá, pra tocar, por exemplo, Jacinto Silva, de quem não está recebendo nem uma peneirinha de farinha.

JC - E como é esta coisa de Caruaru ser a Capital do Forró e no São João fica cheia de grupos baianos, cearenses?
Jacinto - Gostei da pergunta, porque se a gente for analisar direitinho, depois que botaram em Caruaru o apelido de a Capital do Forró, no São João, é até uma vergonha para Caruaru apresentar as atrações que apresentou este ano para os turistas de todo o Brasil. Lá tem forró só que não existem pessoas que cuidem deste lado do forró-raiz, do forró autêntico. O que acontece em Caruaru é isto.

JC- Eles te convidam para cantar no São João?
Jacinto - Me convidam, eu canto, mas se não convidassem eu teria o Brasil inteiro pra cantar. Graças a Deus, apesar de a prata da casa ser devagar, eu consigo agradar a uma certa parte do povo de Caruaru.

JC - O que você acha do forró-cearense?
Jacinto - O forró cearense veio trazer para o Brasil, especialmente para o Nordeste, muita alegria, porque ele reativou o nome forró.

JC - Mas você acha que aquilo é forró?
Jacinto - Não. É o forró que eles cantam, que dizem que é forró. Agora não é o forró que cantava Luiz Gonzaga, que cantava Jackson, que canto eu, que canta Silvério, ou Genival Lacerda. Só sei que eles estão se dando bem financeiramente.

JC - E o que você acha desta moda de forró que acontece agora em Rio e São Paulo agora?
Jacinto - Quando estive em São Paulo no ano passado era uma peste mesmo, daquelas bandas se apresentando em todas as casas de diversões. Mas já soube que o pessoal de São Paulo tá dando preferência ao forró-de-raiz, o forró autêntico, de sanfona, zabumba e triângulo.

JC - Voltando a sua carreira, você gravou muitos compositores, gravou também João do Vale?
Jacinto - Olha nunca gravei. Conhecia João pessoalmente, gostava até daquela voz rouca dele. Fazendo, ele era muito bom, mas cantando eu dizia: "Tu canta ruim demais". Ele ria muito quando eu dizia isto.

JC - Quais os grandes compositores de forró que você gravou?
Jacinto - Gravei bons compositores, como Rosil Cavalcanti, Antonio Barros, Onildo Almeida, Juarez Santiago, quero até pedir desculpas a alguns que não me recordo agora.

JC - E neste disco novo, está gravando músicas inéditas?
Jacinto - Neste Só Não Dança Quem Não Quer, o repertório tá bom, porque muitos amigos e fãs pediam pra eu regravar Chora Bananeira, e eu regravei também, Na Minha Volta Só Escapa Quem Avoa, da minha autoria. Convidei Silvério pra cantar comigo um quadrão. Quadrão mesmo, chama-se Teste Pra Cantador (canta a música, que exige firulas e malabarismo vocais).

JC - Você é um dos últimos cantores da linha de Jackson, daqueles cantam todas as variedades de ritmos que há no forró. Quase ninguém mais sabe o que é um rojão, por exemplo. Você admite que sofreu muita influência de Jackson, o que mais você admirava nele?
Jacinto - Jackson do Pandeiro era um senhor cantor. Nunca mais vi o que vi Jackson fazendo. Por exemplo, você pedia pra ele cantar uma música. Se pedisse pra ele repetir a música ele repetia, agora com a divisão diferente. Eu canto a mesma música com duas divisões, mas Jackson conseguia cantar com três divisões. Era difícil se aprender uma música com Jackson cantando. A maneira de dividir dentro do ritmo, era um negócio.

JC - Voltando ao assunto, muitos dos ritmos do forró perigam acabar porque este pessoal que tá começando, acha que forró é uma coisa só, fica então aquele negócio repetitivo.
Jacinto - É você agora tocou numa tecla importante. (Jacinto mostra, tamborilando com os dedos na mesa, as nuanças do ritmo e dos compassos do xaxado, o rojão, baião, marcha-de-roda, a polkinha). O coco-de-roda por exemplo é diferente de outro coco, porque nele é preciso que a rapaziada responda o coro, para que o cantor diga os versos (Cantarola Ó Amaro, Ó Amaro).

JC - Além de você quantos cantores hoje ainda cultivam estas variedades do forró?
Jacinto - Poucos. Azulão, Messias Holanda, Genival Lacerda, Silverio, Biliu de Campina, olha se reunir no Brasil inteiro dá uns dez. Agora cantoras, tem Marinêz, a irmã da Marinêz, Marinalva, Cremilda, Anastácia, deve ter algumas outras boas que a gente não conhece.

JC - Quando você estava gravando mais, ainda havia aquela coisa de se comprar música?
Jacinto - Existia, esta sempre existiu. Quando cheguei no Rio existia muito. Eu vendi a Genival Lacerda umas quatro músicas - eu quero que ele diga que é mentira minha.

JC - Você poderia citar algumas?
Jacinto - Tapioca, vendi a Genival esta, e vendi: Cadê meu bem. Também: "Vou dançar ciranda, no clarão da lua/ lá na beira do mar"". Vendi também a Genival: "Oh, Helena, venha cá meu bem".

JC- Você dava a parceria?
Jacinto - Não, eu vendia mesmo. estava lá no Rio de Janeiro, precisando. Vendi a Genival Lacerda, fiz uma música; Moça de Hoje, vendi a parceria a Ary Lobo, que gravou.

DA SÉRIE: PERSONALIDADES DE PALMEIRA

Na festa do 2º Prêmio Promoção Rio, Péricles (ao centro) recebeu o diploma de Profissional do Ano

PÉRICLES BRANDÃO DE BARROS

Nascido em Palmeira dos Índios, aos 19 anos veio para o Rio de Janeiro, depois de cursar um seminário em São João Del Rey, em Minas Gerais, onde desejava ser padre.
No Rio, se formou em direito e depois começou a trabalhar na recém criada área de promoções da Globo. Começou a trabalhar no grupo em 1955 e se aposentou em 1979 como gerente de promoções do jornal o Globo.
Durante 32 anos foi responsável pela direção geral do Projeto Aquarius, uma iniciativa da Globo. O Projeto Aquarius, foi criado em 1972, idealizado por Roberto Marinho e Isaac Karabtchevsky, juntamente com o pianista Jaques Klein e com Péricles de Barros, que na época atuava como gerente de promoções do Globo. Responsável pela realização de mais de 300 apresentações ao ar livre, reunindo cerca de 8 milhões de pessoas, o projeto já proporcionou apresentações do grupo Gênesis (composta por Phil Collins), do Ballet Bolshoi, da Orquestra Sinfônica de Moscou, do grupo Olodum e de bandas como Blitz e Barão Vermelho.
A escolha de cenários naturais também é característica do Aquarius que realizou espetáculos na Quinta da Boa Vista, no Aterro do Flamengo e na Enseada de Botafogo. Foi o O pioneiro do marketing promocional no Brasil e formador de toda uma geração de profissionais do setor no Rio de Janeiro,
Tanto carinho pela cidade rendeu a Péricles, o título de Cidadão carioca, concedido em 2004 pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
Recebeu duas vezes o premio Colunistas.
A música: “A benção João de Deus” foi escrita por Péricles e virou hino oficial de sua primeira visita ao Brasil em 1980.
Em 1997, quando o Papa esteve no Brasil pela segunda vez, coube a Péricles dirigir a missa campal e a festa do Testemunho, fazendo uma multidão cantar “Cidade maravilhosa” ao término da celebração ao ar livre.
Abaixo o Projeto de Lei do vereador Márcio Pacheco do Rio de Janeiro, que demonstra a importância deste palmeirense vencedor lá na cidade maravilhosa.
PROJETO DE LEI N.º 41/2005
DÁ O NOME DE PÉRICLES BRANDÃO DE BARROS A UMA UNIDADE DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO PÚBLICO
AUTOR: Vereador MÁRCIO PACHECO
A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
DECRETA:
Art. 1º O Poder Executivo dará o nome de Péricles Brandão de Barros (Criador de
grandes eventos/1934-2005) a uma unidade da rede municipal de ensino público.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Plenário Teotônio Villela, 15 de fevereiro de 2005.
MÁRCIO PACHECO
Vereador
CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
J U S T I F I C A T I V A
Alagoano de Palmeira dos Índios, onde nasceu em 12 de outubro de 1934, Péricles
Brandão de Barros encontrava-se radicado na Cidade do Rio de Janeiro desde 1946.
Formado em Direito e em Marketing, trabalhou nas Organizações Globo (Jornal O
Globo e Rádio Globo) de 1955 até 1997, quando se aposentou como Gerente de
Promoções. Durante esses anos notabilizou-se como criador de grandes eventos, dos quais especialmente destacamos: a chegada de Papai Noel no Maracanã, durante 20 anos, e o Projeto Aquarius, cuja direção geral exerceu por 32 anos.
Quando de seu falecimento, quarta-feira, 19, na Clínica São Vicente vítima de complicações decorrentes de um acidente vascular-cerebral sofrido na última sexta em janeiro deste ano, o obituário do Jornal O Globo
(20/01/2005, pág. 19) — “Péricles de Barros, criador de grandes eventos” — permitiu vislumbrar o muito que ele representou para nossa Cidade, como a seguir reproduzimos uma pequena, mas significativa, parte:
“Por trás dos grandes no Rio, havia quase sempre um mesmo homem nos últimos 45 anos:
Péricles de Barros, que começou a trabalhar no GLOBO em 1955 e se aposentou em 1997 como gerente de promoções do jornal. Ele organizou uma série de espetáculos que marcaram a cidade e conseguiu que seu trabalho ficasse até mesmo na lembrança do Papa João Paulo II. O cardeal emérito do Rio, dom Eugenio Sales, conta que o Papa, quando ouve brasileiros, na Cidade do Vaticano, cantando ‘A bênção, João de Deus’, cuja letra foi escrita por Péricles e virou hino oficial de sua primeira visita ao Brasil, em 1980, se emociona. E começa a cantar juntamente com os fiéis, em bom português...”.
Péricles de Barros

Em 2004, Péricles de Barros obteve o reconhecimento oficial da Cidade que tanto amava: por iniciativa do então Vereador José de Moraes Correia Neto foi-lhe concedido o título de Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro.
Agora, após seu falecimento, gostaríamos de ampliar as homenagens à sua
memória, dando seu nome a uma escola pública municipal. Quanto à constitucionalidade da iniciativa, louvamo-nos na sanção sem vetos, por
parte do Senhor Prefeito César Maia, à Lei N.º 3511, de 16 de janeiro de 2003, de autoria da Vereadora Eliana Ribeiro, que “dá o nome de Paulo Franchinni a um posto de saúde na região de Bangu e adjacências”, cuja matéria é similar à do presente Projeto de Lei. “
Péricles tinha 70 anos, sofreu um acidente vascular cerebral e ficou internado na Clínica São Vicente, onde morreu, sendo sepultado no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.

MARIA DO LEITE É ELEITA PRESIDENTE DA CÂMARA

Geraldo Alencar e Maria do Leite


fonte: Tribuna do Sertão e Eri Filho

15/04 – 16:45h – PALMEIRA DOS ÍNDIOS



Acaba a celeuma na Câmara municipal de Palmeira dos Índios. A vereadora Maria Queiroz, conhecida por Maria do Leite, foi eleita hoje às 15 horas, a nova Presidente da Câmara Municipal de vereadores.
Ela obteve 5 votos, enquanto sua concorrente Marta Gaia obteve igual soma. Porém, por ser mais idosa - no critério de desempate - Maria do Leite foi a escolhida como a nova representante do Legislativo Municipal.
Para a segunda secretaria foi eleito Geraldo Alencar (PSDB), que venceu Chiquinho da Casal, também pelo critério de desempate, por ser mais velho que o concorrente.

Epa! Nessa eu tava lá
Votaram a favor de Marta Gaia:
Gileninho; Chiquinho da Casal; Jaime Farias; Júnior Miranda; e a própria Marta Gaia.
Votaram a favor de Maria do Leite:
Salomão Torres; Arnaldo; Vicente Targino; Geraldo Alencar e a própria Maria do Leite
O plenário da Câmara estava lotado.
O último voto, o mais esperado foi o do Vicente Targino, que mesmo sendo do partido de Marta Gaia votou contra a sua continuação como presidente. Isto pode acarretar problemas no futuro em relação a sua fidelidade partidária.
O momento mais hilário, foi quando o vereador Jaime Farias ao votar, trocou o nome da candidata e disse que votava na Maria do Leite ao invés de Marta Gaia.
Isto criou certo suspense, mas o mesmo retificou depois de muitas gargalhadas dos presentes.
A vereadora Marta leite presidiu a sessão, com muita serenidade, fazendo questão de no final cumprimentar e desejar boa sorte aos vencedores da sessão: Maria do Leite e Geraldo Alencar.

TRF PAUTA JUÇGAMENTO DE CORDEIRO PARA O DIA 23/04


TRF pauta julgamento de Cordeiro para o dia 23
fonte:http://www.tribunadosertao.com.br/noticias.asp?id=2194

Ação movida pelo Ministério Público federal acusa prefeito de Palmeira dos Índios de improbidade administrativa, desvio de verbas e outros ilícitos penais
O Tribunal Regional Federal da 5ª Região em Recife pautou pela quinta vez, o julgamento do processo que poderá culminar ou não com afastamento do Prefeito de Palmeira dos Índios Albérico Cordeiro da Silva (PMDB). A data do julgamento está marcada para o dia 23 de abril e a expectativa é que não haja mais adiamento. Se decidir pelo afastamento assume em seu lugar o vice-prefeito Pedro Paulo Duarte (PT).
Assessores do prefeito acreditam que haja mais uma vez o adiamento do julgamento, numa atitude, segundo dizem os analistas “protelatória”, a fim de dar tempo ao prefeito de concluir o mandato sem nenhuma punição, caso haja condenação.

POLÍCIA ABORTA FUGA EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS




Interior Polícia aborta fuga em Palmeira dos Índios
fonte: http://www.alagoas24horas.com.br/
14h08, 13 de abril de 2008 - Da Redação


Os policiais de plantão na Delegacia de Palmeira dos Índios conseguiram abortar – no dia de hoje – a fuga de quatro presos, que saíram da delegacia por um buraco em uma das celas.
A escavação foi encontrada durante uma revista, na troca de turno dos plantonistas.
A delegacia está com mais presos do que a capacidade. A situação é comum nas delegacias do Estado de Alagoas e já foi alertada pelo delegado-geral Marcílio Barenco, que determinou que todos os delegados solicitassem a transferência dos presos para o sistema prisional do Estado.
As primeiras transferências ocorreram na semana passada na delegacia do 3° Distrito Policial, em Maceió. Um acordo firmado com
juízes deve ajudar a desafogar as delegacias de Maceió e do interior, acredita o delegado-geral.


sexta-feira, 11 de abril de 2008

AUMENTA CASOS DE DENGUE EM PALMEIRA


Interior Aumenta casos de dengue em Palmeira

17h25, 11 de abril de 2008Roberto Gonçalves
http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vEditoria=Interior


Os casos de dengue estão aumentando de forma assustadora em Palmeira dos Índios, distante de Maceió, 140 quilômetros.
O Hospital Regional Santa Rita está com sua capacidade de leitos (100) ocupados e segundo o provedor da unidade de saúde, médico Emilio Silva, podem ocorrer óbitos.
Dois presos que cumprem pena na Regional foram acometidos com a doença, enquanto outros estão ameaçados em razão das péssimas condições e da insalubridade das celas.
Como o Hospital do município não tem mais condições de receber doente a orientação do Hospital Regional Santa Rita é levar para a Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly de Almeida em Arapiraca e para o Hospital Regional da mesma cidade distante de Palmeira dos Índios 44 quilômetros.
A doença tem maior índice nos bairros periféricos onde à ausência de políticas públicas e de ações dos poderes públicos são maiores são maiores, a exemplo dos bairros; Xucurus, Alagadinhos, Eucaliptos, Juca Sampaio, Vila Maria, Alto do Cruzeiro dentre outros.
Nesses locais os esgotos correm a céu aberto, o lixo e os entulhos se amontoam nos terrenos baldios e a coleta de lixo é irregular, segundo os moradores. Até o momento, a secretaria municipal de saúde ainda não se pronunciou sobre a gravidade da situação que preocupa a população palmeirense.

DA SÉRIE:PERSONALIDADES DE PALMEIRA

INOCÊNCIA COLATINO LIRA ( MULHER MAIS GORDA DO MUNDO)

fonte: http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/17101964/171064_2.htm

Reportagem de Florisbelo Vila-Nova - Fotos de José Severino Filho


Nascida no Sítio Borges, distrito de Rainha Izabel, município de Bom Conselho, em Pernambuco, veio morar em Palmeira dos Índios, aos 25 anos de idade.
Em 1948, Dona Inocência era uma pessoa saudável, educada e muito simpática com peso abaixo do normal. Media 1,63 cm de altura e pesava apenas 53 quilos.
Num dia foi acometida de um súbito mal, começando a sentir dormência nas mãos e suas pernas começaram a tremer. Foi ficando roxa, até perder os sentidos.
Ao acordar, horas mais tarde, começou a ter um apetite voraz que se tornou incontrolável e que nunca mais abandonou.
Em 1964, ela, com 44 anos, bateu o recorde mundial com 243 quilos.
Tinha a profissão de costureira.
Seu corpo e seu peso impressionavam. Possuía 1,62 m altura, cintura 1,70 m, busto, 1,70m, e 0,62 cm de circunferência do braço.
Para se sentar ocupava duas cadeiras. Um vestido simples era preciso seis metros de fazenda de duas larguras e usava sapatos 37.

Dona Inocência sendo tratada pelo médico Remi Maia

Com a evolução da doença passou a comer de hora em hora e sua primeira refeição era feita de madrugada e se constituía de um quilo de carne verde, um litro de leite, um prato de arroz ou feijão e farinha. Daí a cada meia hora um litro de leite. Chegou a comer até 130 quilos de carne por mês. Se passasse a hora de se alimentar, chorava como criança.

Sua família foi empobrecendo, ao gastar os poucos recursos.Seu marido Joaquim Leôncio Ferreira era criador de bodes, carneiros, porcos e bezerros vendeu tudo e consumiu tudo em sua alimentação.


Dona Inocência de perfil

Semanalmente, a Sociedade São Vicente de Paula enviava 15 quilos de fubá de milho e 15 de arroz, manteiga e vários pacotes de bolacha. A Prefeitura contribuía com 20 quilos semanais de carne verde.
Inocência dormia muito mal e era acometida de pesadelos. Passava o dia praticamente sentado, pois não suportava em pé o próprio corpo por mais de 15 minutos.
Passou mais de 16 anos sofrendo da mesma fome e engordando sem parar.
Em 1972, faleceu.